Mosquito da
dengue criou resistência a repelente, diz pesquisa
Rebecca
Morelle
Repórter
de Ciências do BBC World Service
Atualizado
em 21 de fevereiro, 2013 - 16:59 (Brasília) 19:59
GMT
Uma pesquisa
conduzida por cientistas na Grã-Bretanha revelou que o mosquito da dengue
aparentemente desenvolveu resistência a um princípio ativo presente na maioria
dos repelentes atualmente comercializados no mundo, inclusive no Brasil.
A
substância, conhecida como DEET, ou dietiltoluamida, é largamente empregada em
repelente contra insetos, combatendo mosquitos, pernilongos, muriçocas e
borrachudos. O composto age interferindo nos receptores sensoriais desses
animais, inibindo seu desejo de picar o usuário.
O
estudo, divulgado pela publicação científica Plos One, analisou a reação de mosquitos
da espécie Aedes aegypti, vetores da dengue e da
febre amarela, à substância. Os cientistas concluíram que, ainda que
inicialmente repelidos pelo composto químico, os insetos depois o ignoraram.
Eles recomendaram que governos e
laboratórios farmacêuticos realizem mais pesquisas para encontrar alternativas
à DEET.
Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a dengue é hoje a doença tropical que se propaga mais rapidamente no
mundo. Nos últimos 50 anos, sua incidência aumentou 30 vezes, o que pode
transformá-la em uma pandemia, advertiu o órgão.
Sintomas da dengue:
Dengue Clássica
·
Febre alta com início
súbito.
·
Forte dor de cabeça.
·
Dor atrás dos olhos, que
piora com o movimento dos mesmos.
·
Perda do paladar e
apetite.
·
Manchas e erupções na
pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.
·
Náuseas e vômitos.
·
Tonturas.
·
Extremo cansaço.
·
Moleza e dor no corpo.
·
Muitas dores nos ossos e
articulações.
Dengue hemorrágicaOs sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:
·
Dores abdominais fortes
e contínuas.
·
Vômitos persistentes.
·
Pele pálida, fria e
úmida.
·
Sangramento pelo nariz,
boca e gengivas.
·
Manchas vermelhas na
pele.
·
Sonolência, agitação e
confusão mental.
·
Sede excessiva e boca
seca.
·
Pulso rápido e fraco.
·
Dificuldade
respiratória.
·
Perda de consciência.
Na
dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais
de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até
24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das
pessoas com dengue hemorrágica morrem.
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo
corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de
manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal
intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue
hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica,
pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.
A prevenção é a única
arma contra a doença.
A melhor forma de se
evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a
criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular
água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus
velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água,
tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
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